sábado, 19 de setembro de 2020



Resgatando a prática do amor em família

 Texto Bíblico: Hebreus 13.1 



O amor é a base forte de toda família. Dele derivam todos os demais ingredientes capazes de oferecer a segurança e o prazer de um convívio familiar.
 As características do amor, segundo a Palavra de Deus, são como fachos de luz penetrando em um ambiente escuro, iluminando-o. 

Assim faz o amor no seio de uma família. Não existe possibilidade de resgatar o prazer do convívio familiar se não houver, prioritariamente, a prática do amor verdadeiro. O amor não falha! Lares onde o relacionamento é permeado pelo amor são lares belos, serenos, seguros e saudáveis.
 
Ao contrário do que muitos pensam e dizem, amar não é sentir gosto ou afeto pelo outro, amar é fazer o bem. Amar é praticar ações de amor. Existem algumas características que identificam o verdadeiro amor. São essas características que atestam se o relacionamento entre os membros da família tem como base a prática do amor ou não. 

O apóstolo Paulo escreveu sobre as características do amor: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha” (1Co 13.4-8 – ARC). 

Cada membro da família deve, a partir dessas características, avaliar como tem se portado no relacionamento com os demais membros de sua família. Naturalmente que tal avaliação só terá validade se for seguida de mudanças. 

O amor é sofredor Na teoria: Isso significa que amar não é uma ação apenas de quem está feliz e totalmente satisfeito, mas que, mesmo diante de uma insatisfação, a pessoa que ama de verdade, pratica o amor.

Podemos incluir na prática do amor o ato de aguentar o sofrimento sem retribuir o mal que causou a dor; admitir o estado doloroso suportando a contrariedade, sem adotar um comportamento de reclamações. 

Lembrando que tal comportamento não é uma resignação sacrifical permanente, mas um ato acompanhado da esperança de que a dor terá seu fim pela força do amor. Na prática: Muitos membros de família exigem que tudo esteja sempre do jeito que eles querem, não são capazes de suportar um mínimo de contrariedade sem fazer reclamações e exigências de mudança. 

Muitos lares poderiam ser mais felizes se houvesse a prática do amor bíblico. Mas o que temos visto são famílias cuja convivência de seus membros é permeada por reclamações, acusações, insultos, exigências, etc. Não é de se admirar que o estado de distanciamento entre os membros dessas famílias, principalmente entre pais e filhos, aumente cada vez mais.

Essa afirmação do apóstolo Paulo não significa uma conformação com o sofrimento, mas o entendimento de que, em alguns casos, o amor aciona o seu lado sofredor e se utiliza dele para o bem do convívio. Um cuidado, porém, que se deve tomar é o de não ficar “jogando na cara” do outro o sofrimento que se passa, pois isso, de certa maneira, é uma forma de sofrer menos e assim descaracteriza o sofrimento.

Desta forma, transferimos um pouco do sofrimento para o outro e isso não é comportamento do amor. Quando, mesmo sofrendo, as pessoas praticam atos de amor, isso coopera para a felicidade no lar.

O amor é benigno Na teoria: Ser benigno é qualidade daquilo que faz bem. Uma pessoa que ama é benigna e afetuosa; não faz mal, procura ser sempre agradável e favorável ao outro. Na prática: Dentro do lar, as pessoas deveriam ter uma postura de procurar fazer o bem à outra. 

Digo procurar fazer, não apenas aproveitar a oportunidade de fazer o bem, mas procurar fazê-lo. Não uma benignidade eventual, mas constante; não oportunista, mas provocada. Existem agrados inesperados que podem ser praticados pelos membros das famílias. Todos os integrantes de uma família sabem das coisas que os demais gostam. 

Realizar essas coisas sem ser solicitado é o que caracteriza a benignidade. Tais práticas, inesperadas, têm um enorme poder de causar felicidade no lar. O amor não é invejoso Na teoria: A inveja se caracteriza pelo desejo de possuir um bem ou um sentimento que o outro possui ou desfruta. A inveja cria uma competição entre as pessoas e a competição divide, e não ajunta. 

A ausência da inveja põe todos do mesmo lado, todos vibram com as conquistas de cada um. Quem ama sente prazer em ver o outro realizando conquistas. Na prática: A primeira grande tragédia no seio de uma família aconteceu por causa da inveja. Um irmão matou o outro porque Deus aprovou os seus atos, desprezando os dele “O tempo passou. Um dia Caim pegou alguns produtos da terra e os ofereceu a Deus, o Senhor. 

Abel, por sua vez, pegou o primeiro carneirinho nascido no seu rebanho, matou-o e ofereceu as melhores partes ao Senhor. O Senhor ficou contente com Abel e com a sua oferta, mas rejeitou Caim e a sua oferta. Caim ficou furioso e fechou a cara. Então o Senhor disse: Por que você está com raiva? Por que anda carrancudo? Se tivesse feito o que é certo, você estaria sorrindo; mas você agiu mal, e por isso o pecado está na porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo, mas você precisa vencê-lo. Aí Caim disse a Abel, o seu irmão: Vamos até o campo. 

Quando os dois estavam no campo, Caim atacou Abel, o seu irmão, e o matou” (Gn 4.3-8 – ARC). Há muitos irmãos “matando” outros dentro de casa por inveja. Não uma morte literal, mas a morte dos sonhos, da alegria das conquistas, das possibilidades, etc. Também há cônjuges cometendo esse tipo de “assassinato” por inveja do outro. 

Lares onde todos se alegram e comemoram as conquistas de cada membro são lares felizes e se constituem lugar de reconhecimento e não de contendas e desprezo. 4. O amor não trata com leviandade Na teoria: A leviandade é a ausência de circunspecção, isto é, ausência de análise por todos os lados daquilo que se fala. Uma pessoa leviana não tem prudência ao falar de outras pessoas. Ela simplesmente fala, sem se dar conta de que está tratando de outra vida e que sua fala impensada pode causar um mal terrível. 

A Bíblia diz que o amor pondera antes de falar, não sai falando sem refletir, como uma metralhadora giratória que acerta a tudo e a todos à volta. Na prática: Muito sofrimento seria evitado se as pessoas, dentro de casa, pensassem melhor antes de falar. 

Muitos falam sem pensar e, quando se dão conta de que cometeram um erro, tentam se justificar. Muito embora o perdão seja uma prática também para esses casos, uma palavra dita não volta mais e se for mal dita pode causar sofrimento e dor. 

Há lares onde as pessoas não são cúmplices, por conta de alguns não conseguirem guardar segredo. É triste também um filho ou filha não poder contar determinadas coisas de suas vidas a seus pais, porque eles, em vez de pensarem primeiro para depois falar, falam primeiro para depois pensar. 

Lares onde as pessoas procuram conter o ímpeto da fala impensada trocando-a pela prudência com as palavras, são lares felizes. São lugares seguros e prazerosos. Este é um dos segredos ensinados pela Bíblia para a felicidade da família: a prática do amor. 

Em qualquer contexto, seja cultural, econômico, social, etc. todas as famílias podem experimentar a prática deste amor e vivenciar o maior tesouro que alguém pode ter: um lar feliz.

Para pensar e agir;

- Como tem sido a prática do amor em sua família?
 - Você consegue amar mesmo quando não está sendo tratado com amor? 
- Será que um tratamento mais amoroso não precisa ser resgatado em seu lar? 
- O amor não fica esperando o outro merecer, ele é dado mesmo imerecidamente. 

- Que tal começar por você a melhoria do relacionamento em sua família, colocando mais amor nele? 


Leitura Diária: 
Segunda-feira: Hebreus 13.1 
Terça-feira: 1Coríntios 13.4-8 
Quarta-feira: Gênesis 4.3-8 
Quinta-feira:1João 3.18 
Sexta-feira: 1João 13.34,35 
Sábado: Colossenses 3.14 
Domingo: Provérbios 10.12





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