sábado, 19 de setembro de 2020



Resgatando a prática do amor em família

 Texto Bíblico: Hebreus 13.1 



O amor é a base forte de toda família. Dele derivam todos os demais ingredientes capazes de oferecer a segurança e o prazer de um convívio familiar.
 As características do amor, segundo a Palavra de Deus, são como fachos de luz penetrando em um ambiente escuro, iluminando-o. 

Assim faz o amor no seio de uma família. Não existe possibilidade de resgatar o prazer do convívio familiar se não houver, prioritariamente, a prática do amor verdadeiro. O amor não falha! Lares onde o relacionamento é permeado pelo amor são lares belos, serenos, seguros e saudáveis.
 
Ao contrário do que muitos pensam e dizem, amar não é sentir gosto ou afeto pelo outro, amar é fazer o bem. Amar é praticar ações de amor. Existem algumas características que identificam o verdadeiro amor. São essas características que atestam se o relacionamento entre os membros da família tem como base a prática do amor ou não. 

O apóstolo Paulo escreveu sobre as características do amor: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha” (1Co 13.4-8 – ARC). 

Cada membro da família deve, a partir dessas características, avaliar como tem se portado no relacionamento com os demais membros de sua família. Naturalmente que tal avaliação só terá validade se for seguida de mudanças. 

O amor é sofredor Na teoria: Isso significa que amar não é uma ação apenas de quem está feliz e totalmente satisfeito, mas que, mesmo diante de uma insatisfação, a pessoa que ama de verdade, pratica o amor.

Podemos incluir na prática do amor o ato de aguentar o sofrimento sem retribuir o mal que causou a dor; admitir o estado doloroso suportando a contrariedade, sem adotar um comportamento de reclamações. 

Lembrando que tal comportamento não é uma resignação sacrifical permanente, mas um ato acompanhado da esperança de que a dor terá seu fim pela força do amor. Na prática: Muitos membros de família exigem que tudo esteja sempre do jeito que eles querem, não são capazes de suportar um mínimo de contrariedade sem fazer reclamações e exigências de mudança. 

Muitos lares poderiam ser mais felizes se houvesse a prática do amor bíblico. Mas o que temos visto são famílias cuja convivência de seus membros é permeada por reclamações, acusações, insultos, exigências, etc. Não é de se admirar que o estado de distanciamento entre os membros dessas famílias, principalmente entre pais e filhos, aumente cada vez mais.

Essa afirmação do apóstolo Paulo não significa uma conformação com o sofrimento, mas o entendimento de que, em alguns casos, o amor aciona o seu lado sofredor e se utiliza dele para o bem do convívio. Um cuidado, porém, que se deve tomar é o de não ficar “jogando na cara” do outro o sofrimento que se passa, pois isso, de certa maneira, é uma forma de sofrer menos e assim descaracteriza o sofrimento.

Desta forma, transferimos um pouco do sofrimento para o outro e isso não é comportamento do amor. Quando, mesmo sofrendo, as pessoas praticam atos de amor, isso coopera para a felicidade no lar.

O amor é benigno Na teoria: Ser benigno é qualidade daquilo que faz bem. Uma pessoa que ama é benigna e afetuosa; não faz mal, procura ser sempre agradável e favorável ao outro. Na prática: Dentro do lar, as pessoas deveriam ter uma postura de procurar fazer o bem à outra. 

Digo procurar fazer, não apenas aproveitar a oportunidade de fazer o bem, mas procurar fazê-lo. Não uma benignidade eventual, mas constante; não oportunista, mas provocada. Existem agrados inesperados que podem ser praticados pelos membros das famílias. Todos os integrantes de uma família sabem das coisas que os demais gostam. 

Realizar essas coisas sem ser solicitado é o que caracteriza a benignidade. Tais práticas, inesperadas, têm um enorme poder de causar felicidade no lar. O amor não é invejoso Na teoria: A inveja se caracteriza pelo desejo de possuir um bem ou um sentimento que o outro possui ou desfruta. A inveja cria uma competição entre as pessoas e a competição divide, e não ajunta. 

A ausência da inveja põe todos do mesmo lado, todos vibram com as conquistas de cada um. Quem ama sente prazer em ver o outro realizando conquistas. Na prática: A primeira grande tragédia no seio de uma família aconteceu por causa da inveja. Um irmão matou o outro porque Deus aprovou os seus atos, desprezando os dele “O tempo passou. Um dia Caim pegou alguns produtos da terra e os ofereceu a Deus, o Senhor. 

Abel, por sua vez, pegou o primeiro carneirinho nascido no seu rebanho, matou-o e ofereceu as melhores partes ao Senhor. O Senhor ficou contente com Abel e com a sua oferta, mas rejeitou Caim e a sua oferta. Caim ficou furioso e fechou a cara. Então o Senhor disse: Por que você está com raiva? Por que anda carrancudo? Se tivesse feito o que é certo, você estaria sorrindo; mas você agiu mal, e por isso o pecado está na porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo, mas você precisa vencê-lo. Aí Caim disse a Abel, o seu irmão: Vamos até o campo. 

Quando os dois estavam no campo, Caim atacou Abel, o seu irmão, e o matou” (Gn 4.3-8 – ARC). Há muitos irmãos “matando” outros dentro de casa por inveja. Não uma morte literal, mas a morte dos sonhos, da alegria das conquistas, das possibilidades, etc. Também há cônjuges cometendo esse tipo de “assassinato” por inveja do outro. 

Lares onde todos se alegram e comemoram as conquistas de cada membro são lares felizes e se constituem lugar de reconhecimento e não de contendas e desprezo. 4. O amor não trata com leviandade Na teoria: A leviandade é a ausência de circunspecção, isto é, ausência de análise por todos os lados daquilo que se fala. Uma pessoa leviana não tem prudência ao falar de outras pessoas. Ela simplesmente fala, sem se dar conta de que está tratando de outra vida e que sua fala impensada pode causar um mal terrível. 

A Bíblia diz que o amor pondera antes de falar, não sai falando sem refletir, como uma metralhadora giratória que acerta a tudo e a todos à volta. Na prática: Muito sofrimento seria evitado se as pessoas, dentro de casa, pensassem melhor antes de falar. 

Muitos falam sem pensar e, quando se dão conta de que cometeram um erro, tentam se justificar. Muito embora o perdão seja uma prática também para esses casos, uma palavra dita não volta mais e se for mal dita pode causar sofrimento e dor. 

Há lares onde as pessoas não são cúmplices, por conta de alguns não conseguirem guardar segredo. É triste também um filho ou filha não poder contar determinadas coisas de suas vidas a seus pais, porque eles, em vez de pensarem primeiro para depois falar, falam primeiro para depois pensar. 

Lares onde as pessoas procuram conter o ímpeto da fala impensada trocando-a pela prudência com as palavras, são lares felizes. São lugares seguros e prazerosos. Este é um dos segredos ensinados pela Bíblia para a felicidade da família: a prática do amor. 

Em qualquer contexto, seja cultural, econômico, social, etc. todas as famílias podem experimentar a prática deste amor e vivenciar o maior tesouro que alguém pode ter: um lar feliz.

Para pensar e agir;

- Como tem sido a prática do amor em sua família?
 - Você consegue amar mesmo quando não está sendo tratado com amor? 
- Será que um tratamento mais amoroso não precisa ser resgatado em seu lar? 
- O amor não fica esperando o outro merecer, ele é dado mesmo imerecidamente. 

- Que tal começar por você a melhoria do relacionamento em sua família, colocando mais amor nele? 


Leitura Diária: 
Segunda-feira: Hebreus 13.1 
Terça-feira: 1Coríntios 13.4-8 
Quarta-feira: Gênesis 4.3-8 
Quinta-feira:1João 3.18 
Sexta-feira: 1João 13.34,35 
Sábado: Colossenses 3.14 
Domingo: Provérbios 10.12





quinta-feira, 17 de setembro de 2020


Onde você for, leve a educação com você!!


Não é preciso ser um GENTLEMAN, para ser de fino trato.
Seja apenas um pouco educado.
Um pouco gentil.
E principalmente seja atencioso no ouvir.

O pessoa deve ser educada com o mesmo cuidado e ternura com que um jardineiro cultiva uma árvore frutífera de estimação.

Seja bom para muitos, educado com todos, a vida pede equilíbrio e equilíbrio é balançar como um pêndulo entre a sanidade e a loucura. 


EGO CEGOtem muito sapo metido a príncipe encantado!!!


Ser educado no sentido de alfabetizado, formado, graduado e culto é conhecido e um direito de todos, mas ser educado no sentido de boas maneiras, cortês, gentil e simpático, virou artigo de luxo e desconhecido pela maioria.

O verdadeiro pobre é aquele que precisa ficar rico para se tornar arrogante.
Seja sempre educado ou na pior das hipóteses não seja hipócrita!


Lembre e não se esqueça, seja sempre educado, porque só assim você será elogiado


Pra resumir: 


Hoje os valores estão mudando mas pra mim não.
Aprendi que ser educado, é não tirar a privacidade dos outros.
Que ser educado é não falar do que não sabe.
Que ser educado é entrar na casa dos outros após a permissão do dono, entrar cego e sair calado.
Que ser educado é não se inteirar sobre a vida dos outros.
Que ser educado é devolver o que é do outro logo após seu uso.
Que ser educado é não se mostrar melhor mas, igual ao outro, com direito e deveres.
No entanto, esses comportamentos podem ser vistos como egoísta, falso moralista, e anti-social.
Mas, pra mim faz sentido esse estilo de vida, deu certo e continua dando certo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020



MENTORING, COACHING E COMO 

TER 

DESENVOLVIMENTO 

PESSOAL


Qualquer pessoa, em alguma época da vida, pode entrar em um ciclo frustrante onde, mesmo com boa vontade e foco, as coisas parecem ficar estagnadas e nenhuma ação parece ser bem-sucedida. Em momentos como esse, há métodos e ferramentas de desenvolvimento profissional realmente capazes de ajudar o indivíduo a tomar decisões, se manter motivado e alcançar suas metas e seus objetivos, como é o caso do Coaching e o mentoring.

Cada um desses métodos se apresenta como uma valiosa técnica, capaz de auxiliar as pessoas no dia a dia, e lhes garantir mais qualidade de vida. Por isso é muito importante que quem procura o Coaching ou o mentoring compreenda as diferenças entre os dois métodos e saiba que se desenvolver é essencial para qualquer evolução almejada. 

A principal dúvida na hora de escolher por qual caminho seguir é entender o que cada um deles pode fazer por você e, principalmente, quais são as diferenças entre um processo de Coaching e o de mentoring para quem busca desenvolvimento pessoal e profissional. 

Neste artigo vamos esclarecer as dúvidas mais comuns de quem se depara com os dois conceitos. Há dicas para quem já é um profissional com carreira consolidada ou alguém menos experiente, assim como para quem precisa atuar na gestão de pessoas, por exemplo. 

Vamos começar pelo Coaching. Nele, o processo consiste essencialmente em uma conversa, um diálogo que envolve o coachee (cliente) e o coach (treinador), num contexto produtivo e orientado a resultados. 

O processo é conduzido por meio de sessões que, podem ser semanais, quinzenais ou mensais, em que o coach apresenta tarefas definidas em parceria com seu cliente, para que este aja no sentido de alcançar as metas definidas, dentro do prazo determinado.

Dessa forma, trata-se de um processo que se baseia no desenvolvimento de competências e habilidades para o alcance de resultados planejados, e que para serem alcançados com êxito necessitam de: empenho, foco e ações efetivas por parte do cliente. Para se tornar uma pessoa melhor, é necessário que o coachee entenda que muitas vezes seu sucesso não depende de fatores externos. Cada pessoa pode fazer sua trilha para um estado desejado todos os dias. 

Isso faz parte da chamada autoconsciência e, portanto, não depende de outras pessoas. É impessoal e intransferível. Cada vez mais, o profissional é chamado a assumir as rédeas de sua vida e carreira. Lidar com outras pessoas é sempre um desafio, mas olhar para si muitas vezes é ainda mais difícil. 

Com toda a certeza, o Coaching pode se apresentar como uma alavanca poderosa para o desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer indivíduo, por ser capaz de auxiliá-lo a ampliar sua autoconsciência e autoconhecimento, o que resulta em alta performance em todas as áreas. Além disso, comprovadamente o Coaching é uma excelente metodologia para que você verifique quais são seus pontos fortes, o que ainda pode auxiliar em ganhos na sua vida pessoal, com reflexos que podem durar para sempre.


MENTORING

Agora que ficou claro o que é Coaching e como o processo funciona, vamos falar de mentoring. Afinal, o que é isso? Como mencionamos, enquanto o coach está focado na melhora do desempenho de metas pessoais, independente da experiência e dos atributos daquele que é orientado, o mentoring está focado na formação de um colaborador a partir dos conceitos defendidos pela empresa na qual ele atua.

Por isso, em geral, o mentoring envolve um profissional da mesma empresa, com mais experiência e vivência, que tem como objetivo compartilhar seus conhecimentos com o próximo.

Embora também possam ter um viés mais pessoal, esses ensinamentos serão focados na vida profissional de quem recebe o processo de mentoria, apoiando nas principais dificuldades e barreiras que possam vir a atrapalhar o seu sucesso dentro da empresa.




COMO TER UM MENTOR?

Em um artigo publicado no site da revista Forbes, intitulado "9 Tips To Land A Great Mentor: How To Ask A Stranger For Career Advice" (9 dicas para conseguir um grande mentor: Como pedir a um estranho conselhos de carreira, em uma tradução livre do inglês), a palestrante e coach executiva Sabina Nawaz descreve como alguém pode agir caso queira buscar uma mentoria. Trata-se de dicas simples, mas que podem fazer a diferença.

Segundo Sabina, após identificar um mentor em potencial, há maneiras de fazer a "pergunta", o que pode lhe garantir uma melhor chance de conseguir a ajuda. Ainda de acordo com a coach ao seguir as nove etapas para solicitar orientação de um mentor, é possível fazê-lo dizer sim e, dessa forma, construir um relacionamento duradouro e que seja satisfatório para ambos.

Autora afirma, por fim, que a mentoria acontece todos os dias no mundo dos negócios. Às vezes, as pessoas têm a sorte de obter orientação espontânea. Mas, principalmente, é preciso pedir para receber. Ao solicitar ajuda a um mentor em potencial, abordar essa pessoa com intenção, inteligência e gratidão faz toda a diferença entre um "não" e um "sim".


QUAL A DIFERENÇA ENTRE ELES?

A principal diferença é que em um processo de Coaching, o profissional não diz ao seu cliente o que fazer, e não precisa ser necessariamente mais velho ou ter mais experiências que esse cliente. Seu objetivo é apoiá-lo a fazer reflexões, ter novos insights sobre sua vida e carreira, por meio de metodologias, técnicas e ferramentas do Coaching, que primam pelo autoconhecimento e pela evolução contínua para ter maior compreensão de quem ele é.

Já no mentoring, um profissional mais experiente assume a missão de passar conhecimento a um jovem talento e, como um mentor, o ajuda em questões ligadas à sua carreira e de modo geral, em questões de cunho pessoal.

Outra diferença importante é que durante um processo de mentoring não existe necessariamente um tempo determinado para que ele termine. Já no Coaching, esse número é definido no primeiro encontro, sendo que o período de três a seis meses de duração é considerado como uma média necessária para quem procura esse tipo de abordagem.

Conclusão 

Falamos neste artigo sobre as diferenças entre mentoring e coaching, atividades que podem funcionar muito bem como estímulos para o desenvolvimento.

E para dar sequência nesse processo de evolução e maximizar a performance do time de trabalho, você pode recorrer com segurança ao Coaching.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020





Resignar-se, às vezes, é preciso.

 



Embora seja difícil aceitar que, às vezes, as coisas não estão sob nosso controle, resignar-se pode ser a melhor forma de evitar ansiedade e estresse.



Resignar-se, às vezes, é preciso.
Nós, seres humanos, temos a necessidade da certeza, não nos agrada o fato de que a vida é, em muitos aspectos, imprevisível. Para nos sentirmos seguros, necessitamos saber o que irá acontecer, precisamos a todo custo nos prevenir do pior. Não, não é fácil reconhecer que, às vezes, o máximo que podemos fazer é nos conformar e torcer para que as coisas aconteçam da forma como esperamos. Mas, embora seja difícil aceitar que, às vezes, as coisas não estão sob nosso controle, resignar-se pode ser a melhor forma de evitar ansiedade e estresse.

A resignação é mesmo uma virtude de poucos, afinal, em nossos dias, somos ensinados a estar alertas às mudanças que ocorrem o tempo todo no mundo e a estar preparados para elas. Vivemos estressados e ansiosos na busca frenética de controle, não conseguimos parar e esperar o que vai acontecer, nos adiantamos, atropelamos as horas na tentativa de garantir que tudo ficará bem. Nesse sentido, acabamos adoecendo, pois quanto mais buscamos a certeza mais ela parece fugir de nós.

É por isso que, em nossos dias, adquirir a habilidade de aceitar o que não se pode prever ou mudar pode ser uma questão de sobrevivência. Quanto mais entendemos que nem tudo é nossa responsabilidade mais reduzimos o estresse e a ansiedade tão comuns em nossos dias. Precisamos entender que, apesar de não podermos prever e mudar todas as coisas, sempre podemos lidar com elas. 

É claro que devemos nos esforçar e buscar mudar aquilo que é possível mudarmos, mas também devemos compreender que há certas circunstancias que fogem do nosso controle e previsão e o melhor a fazermos diante delas é nos resignar. Convido você a refletir sobre isso hoje. Será que você está vivendo tentando prever o imprevisível? Será que está tentando controlar o incontrolável? Sabe, esse é um jeito estressante de viver a vida e você deve buscar mudar isso. Resignar-se pode parecer uma atitude muito passiva e conformista, mas quando você começar a soltar o controle da vida vai descobrir que ela pode ser bem mais leve e surpreendente. Você vai descobrir também que cada dia é único e pode ser vivido plenamente sem o peso de precisar saber o que será do amanhã.

Deixo aqui uma frase que é bem conhecida e que pode lhe ajudar a tomar a iniciativa de resignar-se: “Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado, resignação para aceitar o que não posso mudar e sabedoria para distinguir uma coisa da outra.”

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

 Alguns leitores tem me procurado em outras redes sociais e me questionado sobre uma síndrome, não rara, mas também não tão expansiva. Espero que traga esclarecimentos a todos que tem duvidas.


A Síndrome de Borderline:





Psicoterapia Psicodinâmica em Pacientes com Organização 
Borderline de Personalidade



PSICOTERAPIA PSICODINÂMICA EM PACIENTES COM ORGANIIZAÇÃO
BORDERLINE DE PERSONALIDADE: alguns aspectos técnicos

Elaine F. Damiani de Abreu
Florianópolis/SC

1 RESUMO
1.1 A ORGANIZAÇÃO DE PERSONALIDADE BORDERLINE

Grande parte dos autores descreve o fenômeno Borderline como um estado de psiquismo da personalidade, localizado no limite/fronteira entre a neurose e a psicose. Atualmente, muitos preferem considerá-lo como uma estrutura/organização, contendo suas próprias características (ZIMERMAN, 2004).

A fixação do desenvolvimento dos pacientes Borderline ocorreria durante a fase de separação-individuação, uma vez que a estrutura de personalidade patológica dos pais neste momento, não possibilitaria uma relação suficientemente boa, com trocas afetivas. Desta forma, existiria uma negação das diferenças entre o self e o objeto, mas não a negação da separação (KERNBERG 1966, 1967, 1968 apud ROMARO, 2000).

Para Romaro (2000), o ambiente familiar é considerado como um dos possíveis fatores predisponentes à patologia Borderline. Famílias em que há predominância de dificuldades conjugais, de hostilidade, agressividade, brigas recorrentes, quadro de alcoolismo, entre outros.

São relações objetais, normalmente caóticas, sendo uma conseqüência direta da difusão de identidade e da predominância dos mecanismos de defesa primitivos. Com pouca condição para uma percepção realística do outro, que se torna cada vez mais distorcida, o paciente com organização Borderline de personalidade deixa de adquirir real empatia (KERNBERG, 1991, 1995).

A angústia depressiva diz respeito ao passado e ao futuro concomitantemente e ocorre devido à possibilidade de não mais ter o objeto ao seu lado, porém, ao mesmo tempo, luta contra sua proximidade (BERGERET, 1998). Permanecem em um estágio em que não há lugar para um terceiro. Estabelecem relações simbióticas e, com a ausência do outro, são desencadeados sentimentos de fragmentação, trazendo a necessidade de sentir-se contido, o que demonstra ausência de um objeto interno bom/protetor (SCHESTATSKY, 2005).

1.2 TRATAMENTO E INTERVENÇÕES NA PSICOTERAPIA COM PACIENTES BORDERLINE

Em uma psicoterapia de abordagem psicanalítica, o que se busca é criar um espaço para "pensar" e tornar representável o que é irrepresentável, transformando imagens em palavras, por meio do processo de introjeção das interpretações. Os objetivos a serem adotados no tratamento de pacientes Borderline dependerão da compreensão que se faz dos quadros apresentados (SCHESTATSKY, 2005).

Na psicoterapia de abordagem psicodinâmica, encontram-se duas vertentes etiológicas distintas: a expressiva e a suportiva. Espera-se que os terapeutas que tratam de pacientes Borderline, procurem a abordagem mais adequada para o seu paciente, uma vez que ambas possuem utilidades diferentes, dependendo do caso abordado. É possível trabalhar as duas abordagens com um mesmo paciente (SCHESTATSKY, 2005).

Um elemento evidenciado no tratamento de tais pacientes é a tentativa de suicídio por parte destes. Quando ocorrem, o contrato terapêutico deve contemplar tal situação, a fim de que o tratamento possa ocorrer de forma menos disruptíva possível (KERNBERG, 1991).

Outra característica sempre presente em tratamento de pacientes de organização Borderline de personalidade são as "tempestades afetivas". Estas explodem no cenário psicoterapêutico com demanda intensamente agressiva, revelando uma condensação dos elementos sexuais agressivos (KERNBERG, 2005).

Comportamentos autodestrutivos e que expressam regressão, poderão apresentar-se de forma egossintônica, levando o paciente reagir negativamente a qualquer tentativa do terapeuta de colocá-lo para pensar. Há pacientes que, com sua destrutividade, conseguirão estabelecer uma erosão gradual do envolvimento com o terapeuta, provocando a deterioração do relacionamento terapêutico. 

O terapeuta pode começar a pensar que, em tais condições, não há o que possa ser feito. Isso é considerado um sério problema contratransferencial (KERNBERG, 2005).

Por vezes, o terapeuta defronta-se com um dilema de difícil manejo: se ele focar na transferência, o paciente queixa-se que o mesmo está negligenciando as dificuldades cotidianas que estaria enfrentando, porém, se não for assim, o paciente poderá insistir que os esforços são em vão. Tais pacientes criam situações caóticas em seus tratamentos (KERNBERG, 2005).

1.2.1 Transferência em psicoterapia de pacientes com organização Borderline de personalidade

Para Kernberg (1992) a transferência do paciente Borderline é primitiva, sendo que a relação com o objeto se dá de forma parcial, com perda da prova de realidade, podendo surgir idéias delirantes quando analista e objeto primário tornam-se idênticos. A transferência negativa, para o autor, deveria ser interpretada no "aqui-agora" (ETCHEGOYEN, 2004).

Na transferência é comum a ocorrência de acting-out, que seria a expressão de um conflito inconsciente por meio da ação, e não através da vivência das emoções, lembranças e comunicação verbal (KERNBERG, 1991).

Com tais pacientes, aspectos ligados à relação transferencial-contratransferencial são cruciais para se trabalhar a inveja, a resistência e a dor psíquica. (ROMARO, 2000). Através da transferência-contratransferência, é possível visualizar a relação objetal primitiva que está em cena (KERNBERG, 2005).

1.2.2 Contratransferência em psicoterapia de pacientes com organização Borderline de personalidade

A contratransferência pode ser utilizada, além de instrumento de compreensão, também como instrumento diagnóstico. Fortes reações contratransferenciais poderão surgir em atendimentos a pacientes gravemente perturbados (EIZIRIK; LEWKOWICZ, 2005).

Assim, "Quanto maior for a psicopatologia do paciente e quanto mais regressiva for a transferência, mais intensas serão as respostas emocionais do terapeuta em relação ao paciente" (KERNBERG, 1995, p. 121). Cornfield e Share (1994 apud ROMARO, 2000) sugerem que os sentimentos contratransferenciais mobilizados, como raiva, desamparo, ansiedade e mau humor, são resultantes da pressão transferencial.

O desafio técnico de uma psicoterapia com pacientes Borderline estaria na capacidade do terapeuta em adaptar-se e desenvolver respostas terapêuticas adequadas às emoções intensas, caóticas e dolorosas despertadas pela interação com tal paciente que, reproduz suas relações objetais no campo terapêutico (SCHESTATSKY, 2005). É importante se trabalhar o impasse tranferencial/contratransferencial enquanto medida preventiva para se evitar uma prematura dissolução da psicoterapia (POGGI, 1992 apud ROMARO, 2000).


REFERÊNCIAS

BERGERET, J. A personalidade normal e patológica – 3 ed. – Porto Alegre: Artmed, 1998.

EIZIRIK, C.; LEWKOWICZ, S. Contratransferência. In: EIZIRIK, C.; AGUIAR, R.; SCHESTATSKY, S. Psicoterapia de orientação analítica: Fundamentos teóricos e clínicos – 2.ed. - Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 300-309.

ETCHEGOYEN, R. Fundamentos da técnica psicanalítica – 2 ed. – Porto Alegre: Artmed, 2004.

KERNBERG, O. Abordagem psicodinâmica das explosões emocionais dos pacientes Borderline. In: EIZIRIK, C.; AGUIAR, R.; SCHESTATSKY, S. Psicoterapia de orientação analítica: Fundamentos teóricos e clínicos – 2.ed. - Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 628-645.

___________, O. Diagnóstico estrutural. In:____. Transtornos graves de personalidade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995, cap. 1.

___________, O. Psicoterapia psicodinâmica do paciente Borderline. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. Cap. 9, 10. p. 159-188.

ROMARO, R. A. Psicoterapia dinâmica breve com pacientes Borderline. São Paulo: Casa do psicólogo, 2000. Cap. 1, 2, 3, 5

SCHESTATSKY, S. S. Abordagem psicodinâmica do paciente Borderline. In: EIZIRIK, C.; AGUIAR, R.; SCHESTATSKY, S. Psicoterapia de orientação analítica: Fundamentos teóricos e clínicos – 2.ed. - Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 606-627.

ZIMERMAN. D. E. Manual de técnica psicanalítica: uma revisão. Porto Alegre: Artmed, 2004.






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Eu Acredito em Você!



Com estas palavras, eu espero lhe proporcionar um pouco de conforto e dar a força necessária para que enfrente este difícil momento.

Foque seu pensamento em coisas positivas e esqueça as ruins. Bloqueie todo pensamento negativo e derrotista. A superação começa na nossa mente!

É importante que confie e acredite em você mesmo e no seu triunfo. Tenha fé e esperança, e lute com todas as suas forças pela superação. 

Com determinação tudo se consegue, e quando se plantam coisas boas, logo logo se colhem coisas melhores.Eu acredito em você, acredite você também!


 

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