segunda-feira, 16 de maio de 2022

Um pequeno guia para Hannah Arendt: quem foi, banalidade do mal, totalitarismo



Quem foi Hannah Arendt? 

Hannah Arendt, com nome de nascença Johanna Arendt, nasceu na Alemanha em 14 de outubro de 1906 e morreu nos Estados Unidos em 4 de dezembro de 1975. Estudou filosofia na Universidade de Heidelberg formando-se em 1929; teve como seu professor Martin Heidegger, com quem também teve um relacionamento amoroso.

Entretanto, durante a ascensão nazista capitaneada por Hitler perdeu o direito de cursar universidades e foi expulsa, com a crescente perseguição aos judeus ao longo da década de 30 na Alemanha, Hanna foi encarcerada e decidiu-se emigrar do país assim que conquistou sua liberdade. Essa decisão tornou-a apátrica até conseguir a nacionalidade americana em 1951. Hannah Arendt é considerada um dos mais importantes nomes da filosofia do Século XX. Hanna foi uma filosofa política alemã de origem judaica, consagrando-se uma mais das influentes do século XX.

Por que Hannah Arendt é importante? 

Arendt defendia um conceito de “pluralismo” no âmbito político. Ela acreditava que com esse pluralismo uma potencial liberdade e igualdade política seria gerada entre as pessoas.

Em nome de interesses pessoais, muitos abdicam do pensamento crítico, engolem abusos e sorriem para quem desprezam. Abdicar de pensar também é crime.” – Hannah Arendt

Arendt ressaltava que para assumir a responsabilidade política deveriam estar presentes pessoas adequadas e dispostas, já que elas seriam responsáveis pelos convênios e leis que toda a sociedade deveriam se submeter. Com isso defendia um sistema de democracia direta ou um sistema de conselhos.

Bolsa de Estudos e seu interesse por questões políticas

Ela obteve uma bolsa de estudos na Notgemeinschaft der Deutschen Wissenschaft ( Associação de ajuda para a ciência alemã) com uma tese sobre a obra de Rahel Varnhagen. Paralelamente a isso, Arendt começou a se interessar por questões políticas.

Analisou a exclusão dos judeus e em 1932, publicou na revista Geschichte der Juden in Deutschland (História dos judeus na Alemanha) o artigo “Aufklärung und Judenfrage” (“O Iluminismo e a questão judaica”), no qual expõe suas ideias sobre a independência do judaísmo.

Ainda em 1932 escreve uma crítica do livro Das Frauenproblem in der Gegenwart (O problema da mulher na atualidade) de Alice Rühle-Gerstel, no qual comenta a emancipação da mulher na vida pública.

Insiste que as frentes políticas são “frentes de homens” e, por outro lado, considera “questionáveis” os movimentos feministas, assim como movimentos juvenis, porque ambos – com estruturas que trespassam as classes sociais – tem que fracassar em seu intento de criar partidos políticos influentes.

Em julho de 1933 ela foi detida durante oito dias pela Gestapo. Já naquele ano Arendt defendia a postura de que se devia lutar ativamente contra o nacional-socialismo. Ao contrário dos filósofos alemães da época, entre eles alguns judeus, e isso gerou uma repugnância da parte de Arendt, que os considerava oportunistas ou mesmo entusiastas.

Eichmann em Jerusalém: a banalidade do mal

Em seu livro sobre o julgamento de Adofl Eichmann, do qual surgem as reflexões sobre a banalidade do mal, Arendt crítica duramente judeus colaboracionistas que se utilizavam do argumento de que isso diminuiria a perseguição.

Hannah Arendt é convidada para acompanhar o julgamento de Eichmann em Jerusalém, um oficial da SS incumbido de organizar a logística para a “solução final”, plano nazista para exterminação dos judeus na Alemanha e nos territórios ocupados. As reflexões se baseiam na observação e percepção sobre o quão “comum” seria Eichmann, pois a todo momento se defendia dizendo que estava apenas cumprindo ordens. 

Em sua reflexão, Hannah adentra que Adofl Eichmann era desprovido de um senso de pensamento crítico, no sentido do mesmo não questionar e não conversar consigo mesmo.

Partindo daí a ideia de que sociedades que desde sua formação, isto é, dos primeiros contatos sociais (família, escola) aprofundam um senso de plena obediência são suscetíveis a cair na graça de regimes totalitários. Hannah pressupõe a liberdade de pensamento, definindo que “abdicar de pensar também é crime”, como está presente na epígrafe que abre este guia. 

O mal é considerado assim não mais como algo surpreendente, fruto de mentes doentias, mas como um aspecto da sociedade, onde os comuns o praticam. Arendt argumenta que existiam vários como Eichmann, que não viam maldade em suas ações, pelo contrário, encaravam com a naturalidade de quem toma café da manhã. 

Arendt e o totalitarismo

Outro ponto bastante famoso de sua obra está contido na ideia do totalitarismo. Em seus livro “As Origens do Totalitarismo” Arendt busca conceituar essa novo tipo de governo que na ciência política clássica não encontrava boa definição.

Não sendo nem tirania, nem ditadura, o totalitarismo se caracterizava pela busca da legalidade e uma legitimidade calcada no terror reinante, escolhendo não uma pessoa em si ou um grupo por si, mas sim uma ideia a ser perseguida.

No caso dos nazistas está a ideia de que os judeus, por serem gananciosos, corruptos e marxistas deveriam ser combatidos. No caso da união soviética, a burguesia e tudo aquilo que lembra algo burguês deveria ser combatido. 

É importante ter em consideração que o totalitarismo não tem apenas o uso da força em si como um elemento importante, mas também a aceitação de grande parcela da população que transformada em massa, isto é, desprovida de qualquer resquício de individualidade, autonomia e independência, adere ao regime.

Tendo por base uma forte propaganda estatal que aliena, busca incutir nas mentes as ideias do regime. O totalitarismo se coloca não a serviço do governamente, mas sim de uma ideia superior, advinda da natureza, como a ideia de uma superação da luta de classes que deveria ocorrer ou uma primazia da “raça” ariana que deveria ocorrer.

Não são mais as pessoas, mas eventos tidos como da natureza que agora são protegidos e buscados. 

Totalitarismo é o oposto de liberdade

O totalitarismo é o total oposto das ideias de liberdade por buscar enclausurar o principal agente da liberdade: o indivíduo. Como supracitado, o mesmo não detém mais a capacidade de pensar criticamente sobre seu mundo e sobre si mesmo, torna-se assim uma massa amorfa, supérflua.

Nega-se o aspecto mais básico da vida humana que é sua própria individualidade.

Nesse mesmo ano Hitler assumia o poder alemão e Arendt por ser judia ficou impedida sua segunda tese que lhe daria acesso à docência nas universidades alemães. Seu envolvimento com o sionismo a levava a colidir com o antissemitismo do Terceiro Reich. Com todos esses fatores decidiu por sair da Alemanha.

Em 1963 Hanna Arendt é contratada como professora da Universidade de Chicago, onde ensina até 1967, ano em que se muda para Nova York e passa a lecionar na New School for Social Research.

O trabalho filosófico de Hanna Arendt abarca temas como a política, a autoridade, o totalitarismo, a educação, a condição laboral, a violência e a condição feminina.

Se você puder ler apenas uma obra

Leia “Eichmann em Jerusalém. Um relato sobre a banalidade do mal

Principais obras de Hannah Arendt

Saiba mais sobre:

sexta-feira, 13 de maio de 2022





Nem sei como começar....
Vamos lá...

Perdi minha mãe a 10 dias. Por sequelas do Covid.
03/05/2022

Hoje completa 01 ano que me enforquei. Estou aqui ainda....
13/05/2021

Confesso que não sei como viver o dia de hoje, estou pedindo a Deus forças para me sustentar de pé.
Se eu soubesse que aconteceria isso, jamais, JAMAIS, eu tentaria tirar minha própria vida.

Porque no fim das contas, eu morri no dia 03/05/2022.

Hoje a marca da corda quase não se vê mais...mas ficou um risco pra lembrar como fui fraca diante das minhas provas e minha mãe tão guerreira e vencedora diante das dela. 
Meu exemplo, me ensinando até o último dia de vida dela.




 OS FILHOS DO QUARTO!

》Um caminho sem volta!
Antes perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mares, hoje temos perdido eles dentro do quarto!
Quando brincavam nos quintais ouvíamos suas vozes, escutávamos suas fantasias e ao ouvi-los, mesmo a distância, sabíamos o que se passava em suas mentes. Quando entravam em casa não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos eletrônicos em suas mãos.
Agora ficam com seus fones de ouvido, trancados em seus mundos, construindo seus saberes sem que saibamos o que é, perdem literalmente a vida, ainda vivos em corpos, mas mortos em seus relacionamentos com seus pais, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de modismos passageiros, que em nada contribuem para formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares.
Dentro de seus quartos perdemos os filhos pois não sabem nem mais quem são ou o que pensam suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar.
Se tornam uma mistura de tudo aquilo pelo qual eles tem sido influenciados e pais nem sempre já sabem o que seus filhos são.
E nosso maior erro é pensar que estão seguros.
Convido você a tirar seu filho do quarto, do tablet, do celular, do computador, do fone de ouvido, convido você a comprar jogos de mesa, tabuleiros e ter filhos na sala. E jogue, divirta-se com eles, escute as vozes, as falas, os pensamentos e tenha a grande oportunidades de tê-los vivos, “dando trabalho”.



sexta-feira, 11 de março de 2022


1. O Poder das Palavras


Um orador fala do poder do pensamento positivo e das palavras.

Um participante levanta a mão e diz:

“Não é porque eu vou dizer felicidade, felicidade, felicidade! que me irei sentir melhor e não é porque eu vou dizer desgraça, desgraça, desgraça! que me irei sentir menos bem: não são mais que palavras. As palavras são isso mesmo, sem poder…”

O orador responde:

“Cale-se, seu idiota, é incapaz de compreender o que quer que seja!”

O participante está paralisado, ele muda de cor e prepara-se para replicar agressivamente: “Você, espécie de…”

O orador levanta a mão: “Peço que me desculpe. Eu não quero magoar. Peço que aceite as minhas sinceras desculpas.”

O participante acalma-se.

Os outros participantes murmuram e há agitação na sala.

O orador intervém:

“Têm a resposta à questão que puseram: algumas palavras desencadeiam raiva e cólera. Outras acalmam. Compreendem melhor o poder das palavras?”


2. Os balões

Um grupo de 500 pessoas participavam de um seminário, quando de repente, o palestrante parou e decidiu fazer uma atividade em grupo. Foram então distribuídos um balão a cada pessoa.

Cada integrante foi convidado a escrever o seu nome no seu balão com uma caneta. Em seguida, todos os balões foram recolhidos e colocados em uma outra sala.

O palestrante instruiu as pessoas que entrassem na sala onde estavam os balões e que cada um achasse o balão com o seu respectivo nome. Esta tarefa deveria ser feita em 5 minutos.

Todos procuravam desesperadamente o balão com o seu nome, empurrando e batendo-se uns nos outros, um caos total, sem concluírem a tarefa.

O orador então pediu que cada pessoa pegasse um balão aleatoriamente e desse para a pessoa cujo nome estava escrito.

Em poucos minutos, todos estavam com o seu próprio balão.

Em seguida o orador falou: “Isso está acontecendo em suas vidas. Todos estão desesperadamente procurando a felicidade ao redor, sem saber onde ela está. Nossa felicidade está na felicidade das outras pessoas. Dê-lhes a sua felicidade e você vai ter a sua própria.”

E esse é o propósito da vida humana … a busca da felicidade!


3. Meu nome é Felicidade

Faço parte da vida daqueles que tem amigos, pois ter amigos é ser Feliz.

Faço parte da vida daqueles que vivem cercados por pessoas como você, pois viver assim é ser Feliz!

Faço parte da vida daqueles que acreditam que ontem é passado, amanhã é futuro e hoje é uma dádiva, por isso chamado presente.

Faço parte da vida daqueles que acreditam na força do Amor, que acreditam que para uma história bonita não há ponto final.

Eu sou casada sabia?


Sou casada com o Tempo. Ah! O meu marido é lindo! Ele é responsável pela resolução de todos os problemas. Ele reconstrói corações, ele cura machucados, ele vence a Tristeza…

Juntos, eu e o Tempo tivemos três filhos: A Amizade, a Sabedoria, e o Amor.

A Amizade é a filha mais velha. Uma menina linda, sincera, alegre. A Amizade brilha como o sol. A Amizade une pessoas, pretende nunca ferir, sempre consolar.

A do meio é a Sabedoria, culta, íntegra, sempre foi mais apegada ao Pai, o Tempo. A Sabedoria e o Tempo andam sempre juntos!

O caçula é o Amor. Ah! como esse me dá trabalho! É teimoso, às vezes só quer morar em um lugar… Eu vivo dizendo: Amor, você foi feito para morar em dois corações, não em apenas um. O Amor é complexo, mas é lindo, muito lindo! Quando ele começa a fazer estragos eu chamo logo o pai dele, o Tempo, e aí o Tempo sai fechando todas as feridas que o Amor abriu!

Uma pessoa muito importante me ensinou uma coisa: Tudo no final sempre dá certo, se ainda não deu, é porque não chegou o final.

Por isso, acredite sempre na minha família. Acredite no Tempo, na Amizade, na Sabedoria e, principalmente no Amor.

Aí, com certeza um dia, eu, a Felicidade, baterei à sua porta !!!
Tenha Tempo para os Sonhos: eles conduzem sua carruagem para as Estrelas.


4. A chave da felicidade

A faca mais perigosa é a cega, porque é a mais difícil de controlar.

Força bruta sem controle é ainda pior do que inútil: é destrutiva.

Com o poder vem a obrigação de exercer o controle. Suas ações são muito poderosas, especialmente quando consideradas ao longo do tempo. As “pequenas coisas” que você faz, dia após dia, somam-se e têm uma grande influência no seu mundo.

Seus pensamentos são também poderosos. Tudo que você faz começa com um pensamento. Para usar sabiamente o poder dos seus pensamentos e ações, você deve exercer criteriosamente o controle. O poder de seus pensamentos e ações está ali. Seu trabalho é controlar e dirigir esse poder. Sem esse controle você trabalha contra si mesmo.

Focalizando o controle, você pode alcançar uma incrível satisfação. Controle e equilíbrio podem ser a chave da sua felicidade e sucesso.


5. Milho Premiado

Esta é a história de um fazendeiro bem sucedido.

Ano após ano, ele ganhava o troféu “Milho Gigante” da feira da agricultura do município.

Entrava com seu milho na feira e saía com a faixa azul recobrindo seu peito.

E o seu milho era cada vez melhor.

Numa dessas ocasiões, um repórter de jornal, ao abordá-lo após a já tradicional colocação da faixa, ficou intrigado com a informação dada pelo entrevistado sobre como costumava cultivar seu qualificado e valioso produto.

O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a semente do seu milho gigante com os vizinhos.

“Como pode o Senhor dispor-se a compartilhar sua melhor semente com seus vizinhos quando eles estão competindo com o seu em cada ano?” – indagou o repórter.

O fazendeiro pensou por um instante, e respondeu:

“Você não sabe? O vento apanha o pólen do milho maduro e o leva através do vento de campo para campo. Se meus vizinhos cultivam milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho. Se eu quiser cultivar milho bom, eu tenho que ajudar meu vizinhos a cultivar milho bom”.

Ele era atento às conectividades da vida.

O milho dele não poderia melhorar se o milho do vizinho também não tivesse a qualidade melhorada.

Assim é também em outras dimensões da nossa vida.

Aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz.

Aqueles que querem viver bem têm que ajudar os outros para que vivam bem.

E aqueles que querem ser felizes têm que ajudar os outros a encontrar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.

Que todos vocês consigam ajudar seus vizinhos a cultivar milho cada vez melhor.



segunda-feira, 23 de agosto de 2021


A sociedade não necessita de inteligência; na verdade a sociedade tem muito medo da inteligência. A sociedade precisa de pessoas estúpidas. Porquê? Porque pessoas estúpidas são manipuláveis. 

As pessoas inteligentes não são necessariamente obedientes; elas podem obedecer, elas podem não obedecer. Mas a pessoa estúpida precisa de alguém para comandá-la, porque ela não possui nenhuma inteligência para viver por si própria. Ela quer alguém para dirigi-la; ela procura e busca seus próprios tiranos.

Os políticos não querem que a inteligência aconteça no mundo, os sacerdotes não querem que a inteligência aconteça no mundo, os generais não querem que a inteligência aconteça no mundo. Ninguém realmente a deseja. 

Eles querem que todo mundo permaneça estúpido, assim todo mundo é obediente, conformista, nunca sai fora do rebanho, permanece sempre parte da multidão, é controlável, manipulável, manobrável.

A pessoa inteligente é rebelde. Inteligência é rebelião. A pessoa inteligente decide por si própria se diz sim ou não.


Osho


 

O segredo para o sucesso pessoal


Existe uma receita que nunca falha para se obter sucesso pessoal: sorrir, manter a cabeça erguida e cultivar fé. Reúna esses três ingredientes imprescindíveis na sua vida e verá que coisas boas acabarão por acontecer.


Às vezes as pessoas ficam esperando que a felicidade surja, mas se esquecem que coisas como essa não são fruto do acaso. Tudo que é positivo exige caráter e atitude. Por isso parta para este dia com a determinação de lutar por tudo que deseja.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

 


O que é mentoring?

Mentoring, em uma tradução para o português, significa mentoria.
Trata-se de uma ferramenta de desenvolvimento profissional com o propósito de agregar conhecimento e orientação.
A mentoria é feita com um profissional com experiência e expertise em uma área específica com outro profissional menos experiente, que deseja crescer profissionalmente.
O mentor apóia o mentorado, fornece insights e reflexões e compartilha experiências e conhecimentos.
No livro Coaching e mentoring: foco na excelência (Ser Mais, 2014), Adam Willy Nökel define o mentoring como um método em que o profissional menos experiente faz uso dos conselhos de outro mais experiente, que é um modelo para o mais novo.
“No mentoring, o mentor disponibiliza sua experiência, seus conhecimentos, sua perspectiva e visão dos fatos, para que o profissional mais novo possa progredir na carreira”, afirma o autor.
O processo de mentoring pode ser feito tanto individualmente quanto em grupo, integrando equipes em empresas.

Quais são os benefícios do mentoring?

Vale a pena se debruçar sobre as vantagens do mentoring antes de buscar esse tipo de orientação.
Em um artigo para a revista Chron, a consultora de negócios Miranda Morley destaca os principais. Conheça quatro deles:

1. Receber conselhos

De acordo com a autora, o maior benefício é ter alguém a quem fazer perguntas e receber orientação, em vez de ser aconselhado por pessoas que não têm expertise na área, como familiares a amigos, por exemplo.

2. Ter uma perspectiva diferentes

Morley afirma que os mentores ajudam a olhar para problemas e situações de perspectivas diferentes daquelas a que você está acostumado.

3. Expandir a rede de contatos

Os mentores colocam os mentorados em contato com pessoas que podem fazer com que o negócio alcance maior sucesso, se você é um empreendedor.
“Quanto mais você faz networking, mais pessoas você conhece. E quanto mais pessoas você encontrar, maiores as chances de ter alguém que possa ajudá-lo a resolver problemas de negócios”.

4. Conhecer métodos e estratégias

Para Morley, um dos principais benefícios é que o mentor fornece métodos e estratégias ao mentorado que podem ser usados em toda a carreira, principalmente para donos de negócio.

Como funciona o mentoring?

O mentoring funciona a partir de encontros entre mentor e mentorado.
Todo o processo é feito por meio de programas de mentoring, que são conduzidos a partir de objetivos centrais definidos por ambas as partes.
Durante o processo, o mentor transmite o seu know-how para o mentorado, responde a dúvidas, compartilha conhecimentos e boas práticas e orienta.
Aí, mentor e mentorado realizam sessões com frequência predefinida, que podem ser semanais, quinzenais ou mensais, por exemplo.
A cada sessão, o mentor acompanha o desenvolvimento do mentorado, avaliando as mudanças implementadas nos intervalos de cada encontro.
O processo também segue o cronograma definido para o programa, com a dinâmica proposta pelo mentor previamente.
O mentoring é focado nas demandas profissionais do mentorado e, por isso, abarca questões específicas da carreira e atuação profissional no mercado.
Vale lembrar que os encontros podem ser presenciais ou online, por meio de videoconferências e Skype, por exemplo.
No entanto, as datas de início e término do processo geralmente não são claras e definidas, conforme aponta Nökel em Coaching e mentoring.
Segundo o autor, isso acontece porque o processo está muito ligado ao desenvolvimento do profissional.

Por que procurar um mentor?

Você pode procurar um mentor por diferentes razões, como, por exemplo:

  • Para direcionar e construir a carreira
  • Para ter orientação para se posicionar no mercado
  • Para contar com apoio em uma atividade profissional, como a gestão de negócios
  • Para ter uma pessoa como referência e inspiração.

No entanto, qualquer pessoa pode se beneficiar do mentoring, independentemente da fase profissional que vive.
Em um artigo para a revista Forbes, Casey Jacox, presidente da Kforce, destaca três motivos para procurar um mentor.
O primeiro é que ele ajuda a definir uma meta mensurável, garantido que você tenha clareza de como conquistar os objetivos.
O segundo é que o mentor não deixa você se acomodar.
“O estabelecimento consistente de metas é essencial para alcançar um novo sucesso na vida. Isso nos desafia a sempre avançar para novas alturas”, diz o autor.
A terceira razão consiste no fato de que o mentor compartilha experiências pessoais que inspiram e motivam o mentorado.
“Esses ensinamentos inspiradores, se bem feitos, podem ajudá-lo a usar sua experiência e potencialmente evitar erros desnecessários”, destaca Jacox.

Quais as vantagens do processo de mentoring?

O processo de mentoring proporciona diferentes vantagens para o mentorado.
A principal, como já mencionamos, é a orientação que ele recebe do mentor, gerando todo o suporte que, muitas vezes, falta aos profissionais.
Apesar disso, também podemos acrescentar nesse rol a troca de ideias e o ganho de aprendizado a partir das vivências do mentor.
Durante o mentoring, ele pode até mesmo falar sobre os erros que cometeu ao longo da trajetória, servindo como um alerta para que você fuja deles.
Outra vantagem é o próprio desenvolvimento profissional do mentorado, desde o curto ao longo prazo.
Na prática, o mentorado fica mais preparado para enfrentar os desafios da profissão e do mercado, desenvolvendo habilidades importantes, criando metas e aumentando o desempenho e produtividade.
Já no mentoring aplicado a equipes em empresas, as vantagens incluem melhor utilização dos talentos, incentivo à inovação e criatividade e o ganho de produtividade nos processos.

Quem é o profissional que conduz o mentoring?


O profissional que conduz o mentoring é o próprio mentor.
Ele deve ser alguém com experiência em uma área do mercado e que esteja disposto a compartilhar seu know-how com outros profissionais.
O mentor é uma pessoa que adquiriu vivências na profissão, aprendeu com os próprios erros e hoje se tornou uma referência na área.
No livro Coaching e mentoring (Editora FGV, 2015), Ana Paula Gomes, André Barcaui, Anna Scofano e Dayse Gomes afirmam que somente aqueles com bagagem maior de sabedoria, conhecimento e experiência estão preparados para conduzir o mentoring.
Em Cicatrizes: os desafios de amadurecer no século 21 (Integrare, 2018), Sidnei Oliveira destaca que o mentor deve estar disposto a transferir sua experiência para outra pessoa, de modo que ela também possa superar os próprios desafios.
“O mentor é alguém que alcançou um nível de maturidade mais elevado naquela realidade, permitindo que ultrapassasse os desafios com maior autonomia”.

Qual a estratégia utilizada no mentoring?

A estratégia utilizada no mentoring consiste na estimulação do mentorado a buscar o desenvolvimento e a autonomia por meio das orientações e conhecimentos transmitidos pelo mentor.
A proposta é que o mentorado possa aprender também por meio das experiências, erros e acertos do mentor.
“O mentor se ocupa justamente de estimular o desenvolvimento da maturidade do indivíduo”, diz Sidnei Oliveira.
De acordo com o autor, isso é feito por meio da promoção de circunstâncias que possibilitem ao mentorado aumentar a capacidade de lidar com as consequências das próprias escolhas.
O objetivo é fazer delas fonte de aprendizado e gerar autonomia pessoal, segundo o autor.
Esse desenvolvimento acontece durante toda a trajetória profissional do mentorado.
Por isso, o mentoring geralmente não tem um período limite para acontecer.

Quais são os tipos de mentoring?

No livro Harvard Trends 2013: 45 tendências de gestão (Vida Económica Editorial, 2012), Pedro Barbosa afirma que existem dois tipos de mentoring: os programas internos e os externos.
De acordo com o autor, o mentoring interno é aquele realizado dentro de uma empresa ou grupo de empresas.
Já o externo ocorre quando o mentor e o mentorado não têm qualquer relação profissional direta.
Nesse último caso, Barbosa afirma que o mentor faz seu papel mais puro, porque não cabe a ele patrocinar ou proteger o mentorado quando necessário.
“Ambos os tipos de mentoring são importantes e a situação ideal é aquele em que o mentee tem mentores dos dois tipos, que se completam entre si”, afirma o autor.

Exemplos de mentoring

Confira quatro exemplos de mentoring em diferentes aspectos profissionais:

1. Mentoring de gestão de negócios

Ideal para empreendedores iniciantes ou empresários com dificuldades para gerenciar negócios, pois o mentor dará todas as orientações de práticas e mudanças a serem implementadas na gestão.

2. Mentoring de marketing

Esse tipo de mentoring tem como objetivo criar uma estratégia de marketing digital, vender online e engajar os consumidores.
Por isso, também é bastante útil para os donos de negócios.

3. Mentoring de finanças

Como o próprio nome sugere, é voltado ao gerenciamento financeiro, essencial para manter um fluxo de caixa saudável no negócio.

4. Mentoring de vendas

O mentoring de vendas tem como foco as estratégias para vender mais, fidelizar clientes e realizar fechamentos.

O que devo procurar em um mentor?

Em um artigo para a Forbes, Ashira Prossack, especialista em engajamento de Millennials e Geração Z, destaca quatro fatores que você deve procurar em um mentor. Confira:

1. Compatibilidade

A autora salienta o fato de o mentor ser alguém com quem você trabalhará de perto.
“Você tem que ser compatível com essa pessoa, ou o relacionamento pode parecer tenso ou forçado”, afirma.

2. Contraste

De acordo com a autora, o ideal é que o mentor esteja fora da sua zona de conforto, justamente porque esse é uma das funções dele no mentoring.
“Você não quer um clone de si mesmo ou de seu melhor amigo como mentor. Você precisa da diversidade para ter uma perspectiva realmente diferente das coisas”, aconselha.

3. Expertise

Prossack ressalta que não se trata de escolher um mentor com o maior número de anos de experiência, e sim um mentor com conhecimento e expertise que possa ajudar na sua jornada.
“Você quer um mentor com experiência suficiente para ajudá-lo a navegar pelos desafios que enfrenta”, pontua a autora.

4. Confiança

Como você irá contar confidências ao mentor, a confiança é fator essencial.
“Essa confiança deve estar nos sentidos, pois o relacionamento será mais bem-sucedido quando o mentor confiar em você também”, afirma.

Dicas para escolher um mentor

Na hora de definir quem será o seu mentor, tenha as dicas a seguir em mente:

Conhecimento técnico

O mentor deve ter conhecimento técnico compatível com a sua necessidade.

Sem isso, ele não está preparado para oferecer um mentoring de valor.
Pesquise a respeito do conhecimento técnico do mentor, avaliando currículo no LinkedIn e certificações.

Experiência comprovada

O mentor também deve ter experiência comprovada na área, pois é isso que permitirá que ele transmita conhecimentos e oriente o mentorado.
Compare os mentores e avalie qual deles tem a experiência mais relevante para você, podendo contribuir mais ao seu desenvolvimento.
Lembre-se de que a idade do mentor não é o mais importante, e sim a expertise que ele possui na área.

Admiração

O mentor deve ser alguém que você admira, porque ele deve servir como referência e inspiração.
Isso também é crucial para manter a credibilidade e a confiança no mentor durante o processo.

Afinidade

Ter afinidade com o mentor é essencial para manter um bom relacionamento com ele, uma vez que os encontros serão frequentes e você irá falar sobre suas inseguranças e medos, em busca de orientação.

Mentor coach

De preferência, busque um mentor que também seja coach.
Como você verá adiante, essas duas metodologia se complementam e, por isso, o mentor terá conhecimentos ainda mais relevantes para ajudar na sua carreira.

Coaching e Mentoring

Está em dúvida sobre a diferença entre coaching e mentoring?
Na sequência, saiba o que é cada metodologia e como utilizá-las para se desenvolver profissional e pessoalmente.

O que é Coaching?

Coaching é uma metodologia voltado ao desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais.
Foca exclusivamente nas atitudes do indivíduo e, ao contrário do mentoring, é empregado para atingir tanto objetivos pessoais quanto profissionais.
coaching potencializa as virtudes do indivíduo e corrige as suas vulnerabilidades a partir de um plano de ação que tem no objetivo ou meta o ponto de partida.
A metodologia tem como objetivo buscar a autonomia do indivíduo.
Por isso, é um processo mais abrangente, que considera os pontos fortes e fracos do coachee como um todo.
Diferente do mentoring, o coaching não oferece respostas prontas, e sim incentiva o autoconhecimento para que o próprio coachee obtenha as respostas.

O que é Mentoring?

Como você viu antes, o mentoring é um processo mais específico, voltado a alguma demanda profissional do mentorado.
A metodologia consiste na orientação dada por profissionais mais experientes para profissionais menos experientes em alguma área.

Coaching x Mentoring, como escolher a metodologia correta?

Coaching ou mentoring: qual é a melhor opção para você?
Como você acabou de ver, cada metodologia funciona de uma maneira.
Uma boa estratégia é combinar as duas para obter resultados ainda mais potentes e trabalhar tanto as suas competências quanto focar especificamente nos desafios profissionais.
Mas para escolher uma delas, é preciso ter em mente o que você está buscando.
Em entrevista para o jornal GaúchaZH, as empreendedoras Érica Halty e Gessieli Haussen diferenciam as metodologias.
De acordo com elas, o mentoring pode ser adaptado a diferentes situações profissionais, podendo ser útil para quem quer empreender, está passando por uma transição de carreira, buscando uma programação ou cargo de liderança, por exemplo.
Já o coaching é uma metodologia que requer foco e objetivo, seja em âmbito pessoal ou profissional.
“Se parte de um ponto, de ‘onde estou’, para a realização do ‘onde quero chegar’. Para isso, é feito um mergulho no autoconhecimento e se traça um plano de ação”, afirma Halty.

Um profissional de mentoring precisa ser um coach?

Um profissional de mentoring não precisa, necessariamente, ser um coach.
Como abordamos anteriormente, o pré-requisito é que ele tenha experiência e expertise na área, com conhecimentos técnicos aprofundados para orientar o mentorado.
Mas, apesar disso, a metodologia de coaching é interessante para mentores.
Isso porque ela oferece técnicas com embasamento científico para desenvolver competências e fomentar o autoconhecimento.
Ou seja: um mentor não precisa ser um coach, mas ele será mais bem preparado e terá mais potencial para ajudar o mentorado se tiver formação em coaching.

Coaching para mentores

Uma excelente opção para mentores é fazer um processo de coaching voltado a essa área de atuação.
O coaching para mentores é focado no desenvolvimento de competências para aumentar a performance e a atuação profissional e direcionar líderes e executivos ao sucesso.
Também é capaz de potencializar a capacidade do mentor de orientar profissionais rumo à produtividade e performance a partir de técnicas com embasamento científico.
A metodologia fornece aprendizado contínuo, de modo que o mentor pode garantir a qualidade do serviço que oferece aos mentorados.
Dessa forma, o principal benefício é que o mentor pode combinar as duas metodologias em seus atendimentos, ampliando o leque de conhecimentos, técnicas e ferramentas relevantes para gerar insights ao mentorado ou coachee.

Conclusão

Já está convencido de que o mentoring é a solução para você se desenvolver profissionalmente, superar as barreiras e alcançar o sucesso?
Então, é hora de ir em busca de um mentor qualificado, com expertise comprovada, confiança, credibilidade no mercado e que possa levar você para fora da zona de conforto.
Tenha em mente que o processo é uma oportunidade de aprender por meio das experiências de um profissional com mais bagagem e que sirva de inspiração para que você conquiste os seus objetivos.
Mas se o seu desejo é ganhar autoconhecimento e desenvolver competências, lembre-se de que o coaching é a alternativa adequada.
E se você próprio é um desses profissionais com experiência e conhecimento em uma área, se tornar um mentor é uma maneira de compartilhar a sua expertise com outras pessoas.
Nesse caso, combine o mentoring com o coaching.


  Origem Humana As  origens do ser humano  têm sido discutidas há séculos e até hoje não existe um consenso sobre a questão. Alguns crêem no...