quinta-feira, 6 de junho de 2024

 

Origem Humana


As origens do ser humano têm sido discutidas há séculos e até hoje não existe um consenso sobre a questão. Alguns crêem no criacionismo, outros acreditam na evolução das espécies, já outros buscam as respostas em seres de outros planetas, entre outras teorias.

A teoria criacionista foi feita a partir de conceitos judaico-cristãos que se encontram na Bíblia. “No princípio, Deus criou o céu e a terra (...)” – trecho retirado da Bíblia de Jerusalém. De religião em religião, todas acreditam que seu Deus tenha criado a tudo e a todos. Na bíblia, há um trecho que diz que nossa criação foi feita à “imagem de Deus”, dando a entender que Deus não é alguma coisa ou alguma força, mas alguém como nós. Para os que acreditam no criacionismo, os seres humanos são diferentes das demais criaturas por terem sentimentos, vontade, inteligência, moral, etc.

Já a teoria evolucionista baseia-se nos estudos do cientista inglês Charles Darwin, que propôs o evolucionismo em um de seus livros, “A Origem das Espécies”. De acordo com Darwin, todos os seres vivos tiveram sua evolução a partir um ancestral comum. As mudanças ocorridas e as diferenças entre as espécies deram-se pelo processo de seleção natural, no qual os indivíduos que melhor se adaptam ao meio ambiente sobrevivem, deixando descendentes, que por sua vez também sofrem alterações em seu mecanismo biológico e deixam novos descendentes formando um círculo vicioso.

quarta-feira, 5 de junho de 2024


 

Evolução social: dos primórdios da humanidade à criação das metrópoles


Em cerca de 5,5 milhões de anos, o homem moderno dominou a natureza e inventou a civilização, construindo grandes cidades e metrópoles e se organizando socialmente, para chegar hoje a 8 bilhões de pessoas no planeta.

O período conhecido como pré-história teve início cerca de 5,5 milhões de anos atrás, com o surgimento dos primeiros hominídeos (família de primatas ancestrais do homem) e se estendeu até aproximadamente o ano de 4.000 a.C., quando a escrita foi inventada e começaram a aparecer as primeiras civilizações.

Esses milhões de anos foram marcados pela evolução das espécies humanas, que culminou com o surgimento do homem moderno, chamado de homo sapiens, entre 200 mil e 100 mil anos atrás. Nesse início da pré-história, que compreende o chamado período paleolítico (também conhecido como Idade da Pedra Lascada), os humanos viviam em grupos nômades, isto é, não estavam fixos à terra. Eram essencialmente caçadores e coletores. Entre suas características culturais, podemos destacar a fabricação de objetos de pedra, a utilização do fogo e o desenvolvimento da linguagem oral, além de datarem dessa época as primeiras pinturas rupestres, inscritas ou desenhadas nas rochas pelos homens primitivos ou pré-históricos.

Revolução Agrícola e Urbana

A situação dos grupos humanos foi radicalmente alterada por volta do ano de 10.000 a.C., com o fim da última glaciação. As mudanças climáticas e físicas do planeta proporcionaram o surgimento de vales férteis e de imensos rios em regiões anteriormente áridas. Com isso, os homens se fixaram à terra, iniciando as primeiras práticas agrícolas e a domesticação de animais por volta de 8.000 a.C.

Essas mudanças, conhecidas como Revolução Agrícola ou Neolítica, marcam o início do Período Neolítico, também conhecido como Idade da Pedra Polida. Essa época é caracterizada pela transformação dos grupos humanos de coletores em produtores e pela sedentarização desses grupos, o que permitiu a ocorrência da Revolução Urbana.

A sedentarização, o crescimento do número de integrantes das famílias e a progressiva aproximação entre elas conduziram essas comunidades à criação de um espaço de vida comum, composto de construções que abrigavam e protegiam seus membros, ajuntamento urbano que mais tarde recebeu o nome de cidade. A palavra cidade vem do latim civitate, noção próxima de civitas, que deu origem às palavras cidadão e civilização. A palavra urbano vem do latim urbs, que também significa cidade.

Foram criadas, ainda, regras para regular o convívio entre os habitantes desses ajuntamentos. Construiu-se uma sociedade com base no conceito de cooperação – a terra, os rebanhos e os instrumentos eram de todos, e o indivíduo só poderia se considerar dono deles se pertencesse à comunidade. A economia também evoluiu: as tribos passaram a produzir mais do que precisavam para consumo próprio e a trocar esses excedentes com outras comunidades.

Entre 5.000 a.C. e 4.000 a.C., alguns grupos começaram a utilizar o cobre na fabricação de utensílios e armas, no período que ficou conhecido como Idade dos Metais. Posteriormente, também foram descobertos o bronze (2.500 a.C.) e o ferro (1.200 a.C.). A superioridade militar desses grupos de metalúrgicos obrigou outras comunidades a tornarem suas sociedades mais complexas, sendo atribuída aos governos uma nova função: a de proteção de seus membros.

Nessa caminhada de alguns milhares de anos – alguns acreditam que são milhões – grande parte dos homens deixaram a vida no campo, a agricultura, a criação e domesticação de animais e se organizaram em ajuntamentos urbanos. A esses ajuntamentos deram-se os nomes de aldeamento, arraial, colônias, povoamento, agrovilas, lugarejo, povoados, vilarejos, vilas, assentamentos, distritos, cidades, urbes, capitais e metrópoles.

Muitas pessoas, com alto conhecimento – formadas em cursos superiores, doutores, mestres, professores, jornalistas, políticos – têm dificuldade de entender a hierarquia e as categorias das cidades, como, por exemplo, o que é uma metrópole. Há aqueles que dizem que, no Brasil, apenas a capital de São Paulo, por ter uma população de 11,4 milhões, é uma metrópole, porque acreditam que metrópole seja apenas uma cidade grande, com enorme densidade demográfica e extensa área territorial, com a população na casa de milhões de habitantes. No entanto, segundo o dicionário Oxford Languages“Numa região metropolitana, a cidade que exerce influência econômica, social e administrativa sobre as demais da mesma área é uma metrópole, independente do número de habitantes e extensão territorial”. E, ainda, “Capital ou cidade principal de país, estado ou província”.

Palmas é ou não é uma metrópole?

Então, Palmas, com um pouco menos de 350 mil habitantes (cerca de 20 mil habitantes menos do que Vitória, ES), é uma metrópole, ou pode ser considerada uma metrópole?

Segundo o dicionário Oxford Languages sim (e não), porque, independente do número de habitantes, é a capital do estado do Tocantins, sede administrativa de uma unidade da federação.

No entanto, segundo o IBGE, as metrópoles brasileiras são as 15 cidades que ocupam o topo da hierarquia urbana do Brasil. São elas:

  • São Paulo (SP) – Grande metrópole nacional (11.451.245 habitantes);
  • Rio de Janeiro (RJ) – Metrópole nacional (6.211.423 habitantes);
  • Brasília (DF) – Metrópole nacional (2.817.068 habitantes);
  • Fortaleza (CE) – Metrópole (2.428.678 habitantes);
  • Salvador (BA) – Metrópole (2.418.005 habitantes);
  • Belo Horizonte (MG) – Metrópole (2.315.560 habitantes);
  • Manaus (AM) – Metrópole (2.063.547 habitantes);
  • Curitiba (PR) – Metrópole (1.773.733 habitantes);
  • Recife (PE) – Metrópole (1.488.920 habitantes);
  • Goiânia (GO) – Metrópole (1.437.237 habitantes);
  • Porto Alegre (RS) – Metrópole (1.332.000 habitantes);
  • Belém (PA) – Metrópole (1.303.389 habitantes);
  • Campinas (SP) – Metrópole (1.138.309 habitantes);
  • Florianópolis (SC) – Metrópole (508.826 habitantes); e
  • Vitória (ES) – Metrópole (365.855 habitantes).

Tipos de metrópoles brasileiras

O conceito de metrópole, ao contrário do de região metropolitana, não possui um viés legal, mas possui diferenças regionais importantes. No geral, destaca-se que esses grandes centros urbanos, que apresentam população absoluta significativa, centralizam as atividades econômicas e demográficas de uma dada região; desse modo, ocupam o topo da rede urbana local.

No Brasil, a instituição responsável pela classificação das metrópoles é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme dispõe essa instituição, há três tipos de metrópoles no Brasil: grande metrópole nacional, metrópole nacional e metrópole.

Fonte: IBGE, Guia do Estudante e CNN Brasil | Fotos: Guia do Estudante, USP, Flávio Clark e Reprodução

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